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14/02/2011
O lado negro das redes sociais e como usá-las de forma produtiva

 

Quem usa as redes sociais há um tempo considerável sabe as vantagens que ela pode trazer, tanto para a vida pessoal quanto profissional. O problema é quando seus usuários não fazem outra coisa a não ser usá-las como instrumentos de ataque, aproveitando para criticar sem motivo, incentivar desavenças e até humilhar pessoas e/ou grupos.
A questão a ser pensada é se as redes sociais liberam o que há de pior no ser humano ou se elas apenas potencializam características já existentes em cada indivíduo. Afinal, protegidos pela “virtualidade” muitos se sentem à vontade para dar vazão ao ódio, escárnio e preconceitos.
 
O blogueiro Ricardo Chicuta faz observações pertinentes sobre o assunto em seu post “Lobos”. Seguem trechos do texto. Vale à pena ler e refletir a respeito:
 
Quais lobos raivosos os grupinhos focam uma pessoa, geralmente uma pessoa bonita, bem sucedida e de destaque e a dilaceram com palavras maldosas, brincadeirinhas de péssimo gosto, mentiras, inveja e ciúmes. E assim pessoas que não teriam coragem para enfrentar outras cara a cara se juntam a outras tão covardes quanto. Travestem-se com peles de lobos. Por baixo não passam de ratos. E falando em coragem aí está algo em falta nas redes sociais. Coragem para se dizer exatamente o que pensa. Coragem para ser quem realmente é. (...)
 
O jornalista Filipe Casagrande também comenta o assunto:
 
O pior é quando criam teorias venenosas ao nosso respeito, pelo puro prazer de envenenar. Esquecem de si para focar no próximo e começar a dilacerar os defeitos aparentes desta pessoa. Se cada um fosse mais preocupado consigo e tivesse menos inveja alheia ao ponto de querer derrubar alguém, talvez o mundo não fosse repleto de gente infeliz por aí.
 
Já a twitteira Ariane Miranda salienta de forma sucinta e bem humorada que rede social não é local de ficar de intriguinhas, o lugar pra isso é salão de beleza!
 
Mas há quem discorde e afirme que tal comportamento é típico de qualquer usuário da internet e que serve apenas como forma de diversão. Postura esta que gera um círculo vicioso prejudicial à credibilidade das redes sociais. Sobretudo para os que trabalham com elas, como acabou de twittar o especialista em mídias sociais, empreendedor “internético” e curador da Campus Party Brasil, Edney Souza – “analista de Mídias Sociais é uma cargo de relacionamento, se você curte falar mal de todo mundo terá problemas na carreira.”
 
Felizmente existem pessoas que fazem das redes, sobretudo do twitter, uma forma de agregar pessoas dispostas a ajudar ao próximo. É o caso de Jackson Fernandes, que com sua relevância na “twittosfera” criciumense promoveu diversas campanhas bem sucedidas em prol dos necessitados. Dentre elas:
 
#NobSolidario que foi uma campanha de arrecadação de alimentos para ajudar as crianças da entidade Nossa Casa realizado no mês de Agosto/Setembro (não lembro certo) de 2010.
 
#CorrenteDoBem em parceria com a Pastoral da Criança, que foi arrecadação de brinquedos no Natal, saimos na rua em carriata e fomos com aparelhagem de som/microfone equiipada num "fusquinha cor-de-rosa" e pedindo brinquedos para disptribuir para crianças carentes que estão escrita através da pastoral da criança. Além dos bairros muitas outras entidades foram beneficiadas.
 
#CriciumaSolidaria em parceria com Defesa Civil, Supermecado Moniari e Angeloni Center, conseguimos arrecadar mais de 500kg de alimentos. Com voluntários na frente dos caixas pedindo ajuda para os desabrigados com a chuva deste ano. 
 
É o tipo de exemplo a ser seguido: não apenas reclamar ou criticar, mas agir.
 
Concluindo, fica a reflexão de Ana Carolina Moreno, no blog de Alexandre Inagaki:
 
Feche os olhos e tente se lembrar da última vez em que você tuitou o verbo "odiar". Quando foi? Se sua resposta foi "há menos de 24 horas", será que não é o caso de parar para pensar na sua relação com a Internet?
 
Juliana Dacoregio, jornalista, escritora, blogueira.

 

http://julianadacoregio.opsblog.org/

Siga no twitter: http://twitter.com/judacoregio

 
   

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